LONDRES ? O casamento entre Kate Middleton e o príncipe William, na sexta-feira, será repleto de referências e homenagens à Lady Di. Mas o príncipe se inspirará mesmo em sua avó, a rainha Elizabeth II, nas tarefas adiante: viver uma vida mais normal possível e evitar os erros cometidos por sua mãe. Segundo fontes do Palácio de Buckingham citadas ontem pelo jornal "Sunday Times", William já pediu aos assessores da família real uma moratória de dois anos para que a mulher participe de uma agenda integral de compromissos, incluindo aparições solo.
A estratégia do príncipe é dar tempo suficiente para Kate se adaptar à imensa e intensa mudança de rotina que sua entrada na família real já está provocando no Reino Unido e ao redor do mundo. A começar pelo assédio da mídia que tantos problemas causou à Diana desde o casamento com o herdeiro do trono, o príncipe Charles, em 1981 ? vale lembrar que foi durante uma fuga da perseguição de paparazzi, que Diana sofreu o acidente de carro que a matou, em 1997. Mas, na percepção do príncipe, a superexposição da mãe também contribuiu para a conturbada vida conjugal dos pais.
Charles e Diana se desquitaram em 1992 e se divorciaram sete anos mais tarde. Um quadro que não poderia soar mais diferente em comparação com a então princesa Elizabeth, que em 1947 casou-se com o príncipe Phillip, e trocou o conforto do Palácio de Buckingham pela Ilha de Malta, onde o marido servia como oficial da Marinha Britânica. De lá praticamente só saiu para assumir o trono, em 1952, com a morte do pai, George VI .
Qualquer semelhança com a decisão de William de seguir morando na remota ilha de Anglesey, nas proximidades da base da Força Aérea em que ele trabalha como piloto de resgate, não é mera coincidência. E um sinal da estratégia de isolamento de Kate vem do fato de que não há qualquer plano oficial para aparições individuais da futura princesa. E mesmo ao lado de William ela terá poucas oportunidades de ser vista em público: com exceção de uma viagem ao Canadá e de aparições protocolares por ocasião das comemorações oficiais do 85º aniversário da rainha, ambas em junho, o novo casal real tentará viver de maneira mais discreta possível.
Desejo, por sinal, que um esquema de segurança avaliado em cerca de US$ 2,5 milhões anuais, tentará garantir em Anglesey, tanto para evitar atentados quanto a presença de curiosos. William ficará em Anglesey pelo menos até 2013, tempo que Kate usará para assimilar as idiossincrasias do posto de futura rainha.
? O príncipe William e Catherine (o nome verdadeiro de Kate) seguirão o modelo do casamento da rainha com o príncipe Phillip. Eles também querem primeiro fortalecer o seu relacionamento para depois assumir os compromissos públicos ? disse um assessor da família real.
A opção pela discrição, no entanto, promete aguçar ainda mais a curiosidade do público e da mídia. Especialmente pelo já chamado "efeito Kate".
? Essa moça está despertando um frisson que muitas vezes faz as pessoas esquecerem William. Uma foto comum da futura princesa na rua já vale milhares de dólares. As pessoas querem saber o que ela veste, de que sapatos gosta ? explica Paul Henessy, diretor de uma agência de fotojornalismo de Londres.
Fonte: Extra-Globo